MOTOROLA ONE HYPER: boas câmeras e TELA GRANDE para quem quer FUGIR DO NOTCH | Análise / Review
janeiro 28, 2020Depois de lançar um celular que enxergam no escuro, outro que traz uma câmera de ação no estilo GoPro e até mesmo um dedicado só para macros, agora a aposta mais recente da Motorola para o segmento de intermediários é o One Hyper Mas qual a proposta aqui? De entregar o máximo de aproveitamento de tela sem entalhe ou furo
O seu preço é tão salgado quanto o do One Zoom; será que ele entrega o melhor conjunto? É isso que você confere agora nesta análise completa do TudoCelular Todos os modelos da linha One são bastante parecidos, porém, o Hyper tenta fugir um pouco dessa fórmula já batida da Motorola Ele não tem um entalhe em forma de gota como o One Zoom ou um furo na tela como o One Vision A empresa decidiu apostar na câmera pop-up como nós já vimos em intermediários da Xiaomi e de outras chinesas ano passado O conjunto duplo de câmeras na traseira é saltado e fica alinhado com a posição do mecanismo que faz a câmera de selfies surgir – o design apresenta uma faixa contínua que leva o nome da linha e o logo da empresa até outra extremidade
Esse é um detalhe bacana que torna One Hyper mais elegante e muitos podem até achar que esse é o mais bonito dos Motorolas de 2019 Ele chegou inicialmente apenas nesta cor azul, mas há mais outras duas cores disponíveis no mercado: um em vermelho e outro em rosa Para um intermediário caro era esperado a gente tem um conjunto mais caprichado aqui O Hyper tem a mesma qualidade de construção de outros mais baratos da marca e ele só traz uma proteção contra respingos O leitor biométrico fica na traseira, sendo cercado por um LED de notificações
Ele responde bem e raramente falha Muitos dos seus rivais já estão apostando na biometria na própria tela mas a verdade é que não adianta você inclui um sensor de baixa qualidade sob o display e comprometer toda a experiência Talvez o que possa decepcionar alguns aqui é a falta de tela AMOLED, que está presente só no One Zoom A boa notícia é que esse painel usado pela Motorola entrega o mesmo nível de brilho, porém, tem iluminação menos uniforme Nos cantos da tela é possível perceber que a imagem é mais escura e além disso o contraste não é muito alto e no escuro você vai sentir falta daquele preto absoluto das telas OLED
A saturação de cores é boa e se você escolher o perfil mais saturado vai ter cores quase tão vibrantes quanto as de uma tela AMOLED Já para aqueles que curtem umas cores mais equilibradas, mais perto do considerado ideal, vai acabar se incomodando um pouco com o branco levemente isolado A parte sonora fica por conta de um único alto-falante na parte inferior Esse som É mono, porém potente, mas têm grande foco nos agudos Não há distorção mesmo quando no máximo, mas quanto mais alto se tiver o volume, menor vai ser o equilíbrio sonoro
O fone que vem junto eu mesmo é o mesmo que a gente vê em outros da linha One O acessório é confortável, acompanham umas ponteirinhas de borracha de tamanhos diferentes entrega boa qualidade E se por fora o One Hyper tenta ser diferente, por dentro ele é igual ao Zoom Nós temos aqui a combinação de Snapdragon 675 com 4 GB de RAM Esse hardware é suficiente para garantir uma ótima experiência com qualquer app para Android, mas o One Hyper acaba sofrendo com a otimização de software – ele tende a recarregar os aplicativos com freqüência, especialmente se você deixar algum jogo em aberto em segundo plano, por exemplo
Isso não deveria acontecer em um aparelho com tanta memória E se você está preocupado com o rendimento em jogos, não precisa desistir do One hyper porque nisso ele mandou muito bem, e rodou todos os jogos que nós testamos sem dificuldades, a gente só acabou vendo que ele pode esquentar um pouco quando a gente joga, mas nada preocupante Em benchmarks foi onde ele surpreendeu e alcançou uma pontuação mais alta no tudo do que rivais com hardware mais potente Na bateria o Hyper é alimentado por 4000 mAh
Isso é praticamente um padrão adotado em intermediários Ele entrega autonomia suficiente para um dia inteiro e você pode ver vídeos no youtube, jogar e tira fotos que dificilmente ele vai te deixar na mão no meio do dia, e o melhor é que a Motorola entre um poderoso carregador de 45W na embalagem E isso faz com que a bateria chega a 50% da carga em apenas 20 minutos na tomada – esse tempo desacelera conforme o celular começa a esquentar, o que é bem normal, e isso acaba derrubando o tempo total da carga para pouco mais de uma hora Ainda assim, esse é um tempo excelente e coloca ele nos que passam menos tempo na tomada aqui nos nossos testes O Hyper foi o primeiro smartphone da Motorola a ser lançado com Android 10 aqui no Brasil
Infelizmente, ele não faz parte do programa Android One, como nós tínhamos nos primeiros modelos da linha, o que não garante que ele receberá atualizações por muito tempo, em troca você leva a interface levemente modificada da fabricante Ela oferece aqueles gestos para acionar a câmera traseira e frontal mais facilmente entre outras funções, então, no geral, ele é um sistema bastante limpo, como já esperado, a experiência entregue é boa, mas aquele gerenciamento de RAM ainda precisa ser aprimorado E apesar de ser o mais caro dos lançamentos de 2019 da Motorola, o One hyper ele não traz um conjunto avançado de câmeras cheio de sensores para todo o tipo de uso Aqui você tem só duas câmeras na traseira, uma delas com sensor de 64 MP e outra uma lente ultra-wide com uma resolução muito mais baixa – esse sensor principal pode até impressionar pela quantidade de megapixels, mas ele acaba funcionando de forma igual a diversos aparelhos com câmeras de 48 MP que nós vimos em 2019 Quatro pixels são comprimidos em um só para permitir capturar mais luz
Na prática é como se você tivesse uma câmera de 16 MP com modo noturno sempre ativado Você também pode ,se você quiser, tirar proveito dos 64 MP, é possível, mas ele vai demorar alguns segundos a mais para processar a imagem O Hyper realmente consegue registrar ótimas fotos – de todos os modelos da linha One ele é o que apresenta melhor equilíbrio entre definição, exposição e cor O HDR realmente faz um trabalho bom aqui – pelo menos em locais mais aberto e bem iluminados Dependendo do cenário a diferença é grande Em locais fechados é impossível a gente não reparar nos granulados das fotos, isso acontece devido ao excesso de luz que entra no sensor
Pontos de luz ficam estourados mas isso pode ser corrigido ao ativar o Night Vision que, ironicamente, deixa a foto mais escura Ele funciona como uma espécie de HDR forçado que uniformiza a iluminação do cenário em troca de contraste exagerado Sinceramente, não vale muito a pena você usar esse recurso Quer dizer, até vale na hora que você tira uma selfie em locais com iluminação precária Claro, se você tiver em um ambiente muito escuro ele não vai conseguir salvar a foto
Nesses casos, usar o flash de tela pode ser uma alternativa Mesmo sem contar com um sensor dedicado para aquela medição de profundidade, o Hyper até que faz um bom trabalho no modo retrato Ele separa bem os planos e dá bastante destaque para o que tiver próximo da câmera mas nem sempre o corte é perfeito e ele acaba falhando mais locais mais escuros Porém, a gente tem uns extras bacanas aqui como aquele efeito de descolorir o fundo de uma foto Não há câmera teleobjetiva – você acaba ficando limitado ao zoom digital que perde bastante qualidade, sendo mais recomendado apenas se você usar o modo de 64 MP que, como eu falei, demora alguns segundos para processar as fotos
Esse é o tipo de recurso que você deve evitar usar A câmera frontal registra selfies de até 32 megapixels e ela não demora para levantar quando ela é acionada O Hyper realmente tira ótimas selfies e o seu modo retrato também funciona bem aqui Claro que às vezes ele falha, mas até mesmo flagships sofrem para entregar resultados perfeitos E se a câmera tira boas fotos, infelizmente não podemos dizer o mesmo da filmadora tanto com a traseira quanto com a frontal nós temos vídeos com bastante ruídos à noite
A estabilização não é das melhores o foco também não é dos mais ágeis As cores e a nitidez no geral estão abaixo do que nós vimos nas fotos A principal filma em 4K, mas se você pretende ficar alternando entre as duas câmeras quando você for gravar vídeos você vai ficar limitado à resolução Full HD A captura de áudio está melhor do que outros da linha One Ficou decepcionado com o Hyper? Nós podemos listar aqui algumas alternativas que custam menos: Galaxy A70, Mi 9T, Mi 9 Lite e até mesmo o One Zoom entregam um melhor desempenho
E por mais que o Hyper ofereça autonomia para o dia inteiro, os modelo da Samsung e da Xiaomi que nós citamos aqui possuem bateria que dura ainda mais Se você ficou interessado nesta novidade pela câmera pop-up, a melhor alternativa seria o Mi 9T Ele tem câmeras melhores, especialmente a filmadora – e sem falar que ele custa bem menos, ainda mais para quem for decidir importar A vantagem do One Hyper contra os seus rivais está na maior pontuação em benchmarks e no menor tempo de recarga Na nossa conclusão a Motorola chegou apostando alto com o Hyper no Brasil e vem cobrando caro por isso
Ele chegou ao mercado R$ 2500, mas ele já aparecem ofertas por menos de R$ 2000, ainda é um valor salgado, e por isso nós recomendamos que você espere o preço cair mais um pouco O seu diferencial está na câmera pop-up, já que a experiência é similar aos outros da linha É difícil recomendar a compra quando há alternativas melhores Cada modelo da linha One se destaca por apenas um aspecto e, normalmente, decepciona no resto
No caso do Hyper a gente apenas esperava mais desempenho, mas isso pode ser corrigido por atualizações de software E você, o que você achou do Hyper? Acha que ele consegue enfrentar concorrentes como o A70 e o Mi 9T? Você teria um? Deixe aqui nos comentários a sua opinião! E não se esquece, se você quiser conferir os melhores preços desse e de outros smartphones, é só você conferir aqui na descrição os links para as nossas ofertas e também para a nossa ferramenta comparativa Eu fico por aqui e até a próxima