MOTOROLA EDGE+: finalmente um TOP DE LINHA, o primeiro com SNAPDRAGON 865 do BRASIL | Hands-on
julho 16, 2020Já fazem muitos anos desde que a Motorola trouxe ao Brasil um topo de linha na verdade, a Motorola nunca quis concorrer de igual para igual com fabricantes como Samsung, LG e Apple Eis que nesse ano ela resolve arregaçar as mangas e lança o Edge+, que mesmo tendo alguns elementos das linhas mais básicas, é um celular dos mais diferentes lançados pela Motorola Se você está curioso e quer saber mais sobre esse smartphone, se liga no hands-on que vamos ter agora aqui no TudoCelular
com Embora o Edge+ beba bastante da mesma fonte da linha Motorola One e até da Moto G, este é claramente um aparelho muito diferente de outros Motorolas De longe vai parecer com muitos outros do mercado mas de perto ele traz peculiaridades É um dos celulares mais espessos dos últimos tempos, com quase 1 cm, justificados por ele ser mais comprido e ter uma grande bateria Além de tudo, é um desses modelos que fica de pé, porque tanto o topo quanto a parte de baixo são ligeiramente côncavos
São mais de 200 gramas, então ele também é algo pesado A traseira em vidro traz módulo de câmeras em formato de pílula tão alto que faz o Edge+ passar de 1 cm A cor em um azul acinzentado com efeito holográfico de profundidade com logotipo, flash e sensores abaixo do vidro – uma conexão de áudio fica acima, enquanto a saída de som, microfone, berço para apenas um SIM e USB-C ficam na parte inferior Outros dois microfones ficam na parte de trás Ele tem tecnologia repelente à água mas não é à prova dela e nem de poeira
À frente, o que chama mais atenção: a Motorola diz que a moldura é em alumínio, mas ela parece plástico mas não exatamente existem laterais, tendo apenas um pequeno filete porque a tela é curva, muito curva, levando o termo cascata a sério, praticamente sem bordas, daí o seu nome Edge O notch é um furo pequeno no canto superior esquerdo e acima fica uma saída de som sem sensores visíveis A capinha que vem na caixa é bem útil, porque é um aparelho que escorrega bastante na mão e que apesar de robusto, como um todo, tem na tela curva o ponto frágil, porém, ela mal consegue ficar fixa no Edge+, uma vez que ele não tem laterais e ela não tem onde se fixar A biometria fica abaixo da tela e testes iniciais mostraram que ela pareceu bem rápida e precisa mas até do que os modelos ultrassônicos da Samsung É um aparelho muito bonito, que impressiona na mão, mas com detalhes que vão gerar críticas
Já falamos o quão curva essa tela é, mas agora, do que ela é feita? Para agradar os usuários em um aparelho tão caro, o Edge+ conta com um display OLED de 6,7" que ocupa mais de 95% da frente do aparelho O aspecto é dos mais compridos, de 21:9, fazendo com que mesmo mais espesso e pesado ele fique muito bem na mão A novidade fica para a taxa de atualização, que é de 90 Hz e pode ser desativada para poupar energia Ela deixa a navegação mais fluida, os jogos mais realistas e ela também tem suporte a HDR10+ muito bom para você ver YouTube ou Netflix com esses conteúdos É uma tela mais caída para os azuis e mesmo com os ajustes para cores mais intensas ela ainda continua nesse tom – ainda assim, ela é bem vívida e muito brilhante, boa para ambientes externos O seu problema está nas bordas curvas, que deixam faixas escurecidas nas laterais da tela
Todo o necessário para um bom áudio está presente aqui – claro que testes mais aprofundados vão dizer com mais precisão, mas o conjunto de áudio externo estéreo e conexão P2, já são boas notícias No breve tempo que pudemos passar com ele, o estéreo se mostrou encorpado e de volume alto bom para jogos e mídia A função Moto Audio adapta as saídas de som e os fones conforme o jeito de segurar o aparelho e o uso no momento Os fones de ouvido são intra-auriculares, e são aqueles mesmos que a Motorola costuma enviar nas outras linhas, sendo confortáveis e com qualidade sonora decente O Edge+ sai da caixa com Android 10 e muitas funções novas – é bom pegar um Motorola bem atualizado porque apesar de a gente poder esperar ao menos uma atualização, sendo este um topo de linha, nunca se sabe quando o fabricante desiste da suas promessas – a atualização de segurança, porém, está em abril
Pouco a pouco a Motorola está mexendo na sua interface, que tem sido a mesma há anos Tirou coisas no Moto G Power Lite e adicionou muitas coisas aqui no Edge+ ainda temos o app Moto, mas funções além dele chegaram, principalmente relacionadas a essa tela em cascata A gente tem um "esboço" de temas, com algumas possibilidades simples trazidas do Android Stock dos Pixel – a gente tem um editor de captura de tela e os gestos tradicionais para abrir a câmera, trocar para a frontal e até ativar a lanterna É possível escolher que o app não tenha o seu conteúdo indo até a borda, colocando uma moldura virtual nele, e em uma função parecida com a tela Edge da Samsung é possível ter um botão lateral com várias funções, dependendo de como é utilizado Notificações podem brilhar os cantos da tela
O One Jogo está mais completo e além de bloquear as notificações e chamadas pode emular botões L e R bem na pontinha da tela durante os jogos Aos poucos, a Motorola vai completando o sistema e tirando ele da simplicidade As conexões são completas e ele vem com o que há de mais novo, com Wi-Fi 6 e o Bluetooth 51 junto a NFC e GPS de duas bandas Não traz rádio FM e nem TV digital mas ele é 5G pelo processador que ele tem embora o Brasil ainda não tenha essa estrutura de conexão
Sendo um topo de linha e bem caro, a Motorola aproveitou que a Samsung insiste com Exynos no Brasil e que a Xiaomi ainda não veio com o Mi 10 e traz ao Brasil o primeiro Snapdragon 865, a versão mais atual do processador da Qualcomm, junto a generosos 12 GB de RAM e 256 GB de armazenamento sem MicroSD O Edge+ ainda vai, claro, passar pelos nossos testes padronizados de abertura de apps e benchmarks mas em nossos testes iniciais a interface não teve qualquer engasgo, ajudados pelos 90 Hz da tela Jogos como PUBG rodam sem qualquer problema de gráficos máximos, aproveitando também a taxa de atualização mais veloz, praticamente sem esquentar a traseira mesmo após várias partidas, embora a tela acabe passando um pouco mais calor – é um aparelho que promete nesse quesito Bateria é outro ponto forte aqui – são 5000 mAh em um flagship, o que é uma coisa super bem-vinda com direito a recarregamento sem fio rápido de 15-Watt
Na caixa, o carregador de 18-Watt é legal mas não chega nem perto do de 27-Watt que a empresa já trouxe no ano passado A Motorola trouxe, inclusive, o carregamento sem fio reverso que a Samsung e a Huawei tem por aqui O nosso tempo para hands-on não foi o suficiente para a gente conseguir avaliar uma bateria tão grande mas dá para dizer que mais de uma hora de PUBG levaram 20% da bateria, o que é bom e o uso diário também foi bem satisfatório – aguardem nossos testes completos O conjunto de câmeras é também um pouco diferente do normal – são três câmeras que agem como quatro Além da wide principal de 108 MP tem uma wide de 16 MP e uma telephoto de 8MP com zoom óptico de 3x
A ultra-wide é híbrida e também funciona como uma macro Há também um sensor ToF 3D para profundidade e além dos números grandes de uma câmera híbrida a Motorola destaca a estabilização óptica e eletrônica nos vídeos, acompanhada de PDAF nas lentes wide e telephoto Na qualidade dá para a gente dizer que é uma das melhores câmeras da Motorola, embora sejam necessários testes mais aprofundados O DxOMark pontuou o Edge+ com o mesmo número do Galaxy S10 Plus, então as imagens que vocês estão vendo aí, algumas delas, vão ser de um comparativo entre esses dois aparelhos De bom, é possível dizer que o Modo Noturno e as fotos em macro estão ótimas essas últimas tem foco automático e 16 MP de resolução, pegando detalhes muito bons
O Night Vision traz bons detalhes para as fotos com iluminação mínima também com pouco ruído Já o sensor principal em iluminação do dia-a-dia teve dificuldade para fazer algumas fotos no foco e em situações de sol estourou muito a imagem A lente ultra-wide segura bem em locais abertos de boa luz, mas em situações mais escuras traz ruídos Em tripé fixo as fotos são ótimas em detalhes, contraste e equilíbrio de cores e branco A selfie também mostrou potencial, com equilíbrio de cores e bons detalhes sem empastelar
O vídeo é bom e oferece qualidade até 6K, embora não permita gravar em 4K a 60 fps, só em Full HD E é no preço que a gente tem o maior problema do Motorola Edge+ Chegando ao mercado do Brasil por R$ 8000, esse é um valor chocante que existe apenas pelo fato dele ser o primeiro 865 no país além dos números de câmera, bateria grande e design arrojado e outros itens É esperado que o aparelho caia de preço nos próximos meses, mas vai ser bem difícil deixar ele competitivo com outras marcas, até mesmo com a Samsung, no custo-benefício
Nós temos a alta do dólar e problemas mundiais de produção, mas vai ser bem complicado o brasileiro gastar tudo isso em uma empresa que não traz um topo de linha há três anos na nossa conclusão, por enquanto, o Edge+ é muito legal É diferente, muito bonito, e tem uma ótima sensação na mão A tela de 90 Hz é atraente, o software está cuidado, o processamento parece equilibrado, e a bateria é de ótima duração para um flagship Mas pelo seu valor extremamente elevado não há como a gente não sentir falta de uma proteção contra água uma tela sem faixas escuras, a gravação em 4K a 60 fps e fotos mais caprichadas levando em consideração um conjunto de câmeras tão promissor
Tudo indica que a Motorola está em um bom caminho na sua retomada dos topos de linha mas os preços praticados, e não só por ela, vale a pena a gente dizer, estão completamente fora da realidade do consumidor Mas e você, o que achou do Edge+? Acha que a Motorola está em um caminho certo? Comenta aí embaixo, a gente quer saber! E se você quiser conferir os preços desse aparelho deixamos na descrição o link para nossa ferramenta de ofertas – eu fico por aqui e até a próxima
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