Galaxy A7 2018 não resiste à nova geração de intermediários | Análise / Review
setembro 16, 2019Samsung renovou a sua linha Galaxy A 2019 trazendo os celulares com o novo design incorporando o famigerado entalhe no topo da tela e ampliando o seu catálogo com diversos novos produtos que vão do A10 até o A80, incluindo também suas variações Enquanto isso, os últimos lançamentos da linha A2018 vem caindo o preço e alguns podem ficar interessados no design mais clássico da marca
E temos aqui o último Galaxy A7 lançado; ele chegou ao mercado em 2018 custando mais de dois mil reais, mas agora, pode ser encontrado pela metade do preço Será que vale investir nele a essa altura ou é melhor escolher uma opção mais atual? Os antigos celulares da linha A traziam mais sofisticação que os mais básicos da linha J; a empresa apostava em metal e vidro para fugir do policarbonato eis que a mentalidade da Samsung mudou nos recentes lançamentos, e muitos modelos da linha A 2019 chegaram com o corpo de plástico O A7 2018 marca essa transição – na traseira temos uma peça única de vidro que é moldada por laterais de plástico O acabamento em pintura brilhante para dar a idéia de produto de alta qualidade Comparado aos modelos mais recentes o A7 têm bordas consideravelmente largas isso faz com que ele seja maior que o a A30 e A50 – mesmo tendo tela menor Se for trocar o metal ou plástico ele acaba sendo mais leve que o A6 Plus e A8 do ano passado
Um detalhe curioso está na posição do leitor biométrico, que fica na lateral direita é integrado ao botão de energia Já vimos isso antes em modelos da Sony, e a Samsung também reaproveitou essa ideia recentemente no Galaxy S10e Ele permanece sempre ativo para que a tela seja desbloqueada ao apenas posicionar seu dedo no local é possível deslizar para baixo para puxar a tela de notificações O reconhecimento de digital e até preciso, mas caso a posição que incomode, há também biometria facial O alto falante que ficava na lateral no antigo Galaxy A7 neste aqui fica na posição tradicional ao lado da entrada USB
Infelizmente Samsung decidiu economizar e foi no antigo padrão micro ao invés de investir no mais atual USB-C A tela é um grande destaque do A7 2018 – seu painel Super AMOLED entrega a ótima reprodução de cores com diversas opções de calibração e supera os recentes lançamentos da marca em nível de brilho Você não sofrerá para enxergar o conteúdo na tela mesmo fora de casa quando estiver ao sol Sua tela também consegue atingir um nível mínimo de brilho muito baixo tornando a visualização muito confortável no escuro e para melhorar ainda mais há suporte a tema noturno com a OneUI O único altofalante reproduz som mono, porém o volume é mais potente que os modelos mais baratos da linha A 2019
O fone que vem no pacote básico e entrega qualidade decente – caso você invista em fone de melhor qualidade terá um som acima da média Equipando o A7 2018 temos o Exynos 7885, mesma plataforma encontrada no A8 e A8 Plus Esse hardware é mais fraco que aquele que temos nos intermediários de 2019 e, como esperado, o desempenho fica abaixo Isso mostra que apesar de a Samsung ter feito alguns cortes, seus novos celulares entrega o melhor desempenho; Em benchmark ele fica abaixo do A50, se compararmos com o A70, que seria o seu sucessor espiritual, a diferença é ainda maior Em jogos não muda muito comparado aos modelos mais recentes – o A7 consegue rodar qualquer jogo para Android, porém alguns jogos mais pesados pecam em fluidez Jogos leves entregam 60fps enquanto alguns como Modern Combat 5 ou Vainglory ficam abaixo disso
enquanto Samsung vem trazendo celulares com 4000 mAh ou até mesmo 5000 mAh o A7 tem modestos 3300 de bateria – ele poderia decepcionar autonomia mas não é bem isso que acontece O Exynos 7885, aliado ao Android Pie, fazem bom uso da bateria e o A7 entrega autonomia similar a modelos mais recentes na mesma faixa de preço Você pode passar o dia todo fora de casa sem se preocupar em levar o carregador O que decepciona é o tempo de recarga – o carregador não é muito potente e peca por não ter suporte à carregamento rápido, fazendo o A7 passar mais de duas horas na tomada
Ele chegou ao mercado com Android Oreo e recebeu atualização para o Pie há poucos meses, trazendo a nova interface OneUI; os recursos são os mesmos que você encontra em recentes lançamentos da Samsung Há suporte a temas, Galaxy Folder para esconder aplicativos e arquivos de olhares curiosos, Game Launcher, para otimizar seus jogos equalizador de áudio com suporte a Dolby Atmos, entre outros Apesar de ser um pouco mais lerdo na abertura de aplicativos, a fluidez da interface não difere muito do que temos em modelos atuais Em algum momento ou outro notamos pequenos engasgos mas, isso é comum nos aparelhos da linha Galaxy Na traseira do A7 2018 temos três câmeras – a que fica no centro traz resolução máxima de 24 MP a que fica no topo serve apenas para ajudar no desfoque de cenário (ela sozinha não consegue capturar fotos) a última, tem lente ultra-wide e registra mais dois cenários
O aplicativo de câmera segue o padrão da Samsung e de outros aparelhos Há inteligência artificial que reconhece até 19 tipos de cenários mas, como já vimos em outros que analisamos, não faz diferença quando o recurso está ativado A qualidade da câmera não impressiona; o nível de detalhes é similar ao de modelos de entrada, a representação de cores tende a tons mais frios, o que foge do que normalmente vemos na linha Galaxy O HDR vem ligado por padrão, e nem sempre ajuda no balanço dinâmico – em muitos casos você terá fotos com o céu todo branco e isso acontece menos com a câmera ultra-wide o problema desta câmera é que ela entrega qualidade inferior à principal e sacrifica os detalhes das sombras Outro ponto que incomoda é que os cantos das fotos sofrem tanto com distorção, que até alterar o formato de alguns objetos
Por ter a abertura focar o menor, você terá fotos mais escura seja fora ou dentro de casa À noite, então, será difícil de enxergar algo com a câmera ultra-wide A câmera frontal tem foco fixo e se você quiser ter selfies com bom nível de detalhe é preciso deixar o celular próximo do seu rosto Basta afastar um pouco que a nitidez é perdida O modo retrato até faz um bom trabalho de separação da pessoa do fundo do cenário a reprodução de cores fica ainda mais desbalanceada, devido ao HDR ser desativado
Para selfies temos um flash dedicado que faz um bom trabalho tanto ao tirar fotos em locais mais escuros quanto ao gravar vídeos à noite O a7 só grava em Full HD e a qualidade dos vídeos é boa, assim como a captura do áudio Ele apresenta menos tremidos que outros intermediários, mesmo com a câmera ultra-wide Ainda vale a pena investir no A7 2018? Ele é mais lento que o Galaxy A30 e A50 também fica atrás de velocidade do Moto G7 Plus e comparada ao Redmi Note 7, que custa menos, a diferença é ainda maior Se o desempenho fica atrás de modelos mais atuais, em bateria não há o que reclamar
Ele entrega a mesma autonomia do A30 e A50 e vai além do que os rivais da Motorola e Xiaomi oferecem Câmera é o que mais decepciona no A7 2018, se esse é o ponto mais importante para você, escolha qualquer outro modelo que citamos que você terá melhores fotos Lançado no final do ano passado por mais de dois mil reais o Galaxy A7 2018 apresentava custo-benefício ruim – e mesmo agora que seu preço caiu pela metade ele continua sendo uma má compra Se você busca um celular bom por menos de mil reais vá de A30 ou Redmi Note 7 – acima disso temos Moto G7 Plus e A50, que também entrega um melhor conjunto que o A7 2018
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